O ENSINO DE ECONOMIA NO BRASIL

Autores

  • Camila da Rocha Kaizer FAE Centro Universitário
  • Solídia Elizabeth dos Santos FAE Centro Universitário

Palavras-chave:

Ciência Econômica. Economista. Formação Teórica e Quantitativa

Resumo

Na última década, percebeu-se uma queda na procura pelo curso de Ciências Econômicas no Brasil. De um lado, a baixa procura é consequência da falta de clareza das atividades realizadas pelo economista, frequentemente confundidas com as atribuições de administradores e contadores. De outro, a visão estóica acerca da Economia, tida como um tema abrangente, multidisciplinar e com volumosa carga de métodos quantitativos, acaba por afastar o interesse de muitos profissionais, receosos pela dificuldade estigmatizada. Diante desta conjuntura, a pesquisa buscou analisar as expectativas das empresas em relação à atuação do economista nas organizações, bem como o posicionamento das Instituições de Ensino Superior (IES) frente às necessidades do mercado de trabalho. Por meio da revisão bibliográfica, estabeleceram-se as raízes e evolução histórica do ensino de Economia no Brasil e o detalhamento das atribuições do economista conforme a legislação específica. As expectativas das empresas foram apuradas por meio de uma pesquisa de levantamento (survey), cujos resultados revelaram uma participação ativa do economista nas organizações, sendo especialmente reconhecidos por sua capacidade analítica e habilidade com métodos quantitativos, confirmando as hipóteses formuladas ao início do projeto. Os posicionamentos das IES foram levantados com base nos conteúdos curriculares. Como resultado, a pesquisa acusou como o principal fator para o modesto número de economistas profissionais contratados a falta de esclarecimento sobre suas atribuições, novamente corroborando com as expectativas preliminares. Consoante aos resultados da pesquisa de levantamento, que apontou como prioridade na formação profissional do economista a análise quantitativa, a análise das grades curriculares demonstrou que as IES com maior quantidade de horas em métodos quantitativos apresentaram melhor desempenho no ENADE. Ao final, constam breves recomendações para ampliação do número de profissionais no mercado de trabalho, em congruência com o parecer organizacional sobre os diferenciais e capacidades do economista.

Biografia do Autor

Camila da Rocha Kaizer, FAE Centro Universitário

Aluna do 8º período do curso de Ciências Econômicas da FAE Centro Universitário. Bolsista do Programa de Apoio à Iniciação Científica (PAIC 2015-2016).

Solídia Elizabeth dos Santos, FAE Centro Universitário

Mestre em Organizações e Desenvolvimento pela FAE Centro Universitário. Professora da FAE Centro Universitário.

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Publicado

2016-12-30

Como Citar

Kaizer, C. da R., & Santos, S. E. dos. (2016). O ENSINO DE ECONOMIA NO BRASIL. Caderno PAIC, 17(1), 61–88. Recuperado de https://cadernopaic.fae.emnuvens.com.br/cadernopaic/article/view/204

Edição

Seção

ARTIGOS